Histórico de Louveira

Louveira foi fundada em 1639.

Seu primeiro povoador foi Gaspar de Oliveira, ou de Louveira, onde há uma grande dúvida em relação ao seu sobrenome, natural de Logroña, Espanha, casado com Dona Páschoa Costa.

Páschoa Costa era filha de João da Costa Lima e de Ignêz Camacho, esta filha de Domingos Luiz e Ana Camacho. Ignêz Camacho era bisneta de João Ramalho, chamado de “O Patriarca dos Mamelucos” e Bartyra, a índia filha do Cacique Tibiriçá, mais tarde sendo batizada como Isabel Dias. http://www.saopaulo.sp.leg.br/apartes-anteriores/revista-apartes/numero-20/perfil-joao-ramalho/.

De Gaspar de Louveira e Páschoa Costa constam os seguintes filhos: Ignêz de Louveira casada com Custódio Málio, Maria de Louveira casada com Manoel Lopes Moura, Ana Maria de Louveira casada com João Prado Leme, e João Louveira Costa casado com Catharina D’Horta Oliveira. 

Gaspar de Louveira e sua esposa instalaram-se no pouso dos Oliveiras, onde os Oliveira e Leme do Prado possuíam terras e onde os bandeirantes paulistas possivelmente descansavam pelas matas, nas imediações de Jundiaí. 
Coube a Gaspar de Louveira plantar as primeiras videiras da região, trazidas de sua plantação em Jaraguá. 

Em 1639, Raphael de Oliveira, o fundador de Jundiaí, trouxe de São Paulo para Jundiaí, sua filha Ana Maria Ribeiro, com 10 anos de idade, que mais tarde casou-se com o primeiro vereador da cidade: João Leme do Prado. 

Em 1660, João Leme do Prado estava localizado no Capivari, bairro de Louveira, onde também possuíam terras. 

Em 1661, cedia dote de terras e casava sua filha Helena do Prado com Manoel Perez Calhamares, através de inventário que foi trasladado no dia 29 de maio de 1665.

Na plêiade soberba dos bandeirantes paulistas está incluso o nome de Gaspar de Louveira, que também participou da fundação de Jundiaí. 

Segundo inventário lavrado em Jundiaí, Gaspar de Louveira faleceu em 1660. https://www.genearc.net/index.php?op=ZGV0YWxoZVBlc3NvYS5waHA=&id=ODAzNA==

Outras fontes de consulta nos indicam o nome da cidade de Louveira como derivada de uma árvore muito comum neste local naqueles tempos, inclusive no pouso dos Oliveiras, chamada Louveira. Daí originário o nome de seu primeiro povoador  Gaspar de Oliveira e não Gaspar de Louveira como ficou sendo conhecido.

Em 31 de março de 1872 era inaugurada a Estação Ferroviária e a Linha Férrea da Companhia Paulista de Estrada de Ferro, cuja primeira diretoria foi eleita  em 1868. 

Louveira pertence a Jundiaí por mais de 300 anos como Vila de Louveira. Havia também a Vila de Rocinha, atual cidade de Vinhedo. 

Em 31 de outubro de 1908, a Vila de Rocinha passou a categoria de Distrito, quando  o governador do Estado era Albuquerque Lins. 

Em 1948, pela Lei nº 233 (http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1948/lei-233-24.12.1948.html), Vinhedo desmembra-se de Jundiaí. Louveira passa a pertencer a Vinhedo como bairro. Em 1949, o Bairro de Louveira conseguiu eleger cinco vereadores: Nicolau Finamore, Belmiro Niero, Gilberto Ajjar, José Baggio e Francisco Bossi, que atuaram na primeira legislatura do Município de Vinhedo, entre 02 de abril de 1949 à 1º de abril de 1953. O prefeito era Abrahão Aun. O sub-prefeito de Vinhedo e que administrava Louveira na época era Ricardo Steck, também residente neste bairro. 

Entre 1953 e 1957, o bairro elegeu Odilon Leite Ferraz, Arnaldo Lemos e José Baggio. O prefeito era o engenheiro Guerino Mário Pescarini. Na 3ª Legislatura de Vinhedo, 1957 a 1962 elegeram-se os seguintes nomes de Louveira: Odilon Leite Ferraz, Antonio Bichara, Reducino Martins Cruz, Dr. Gil Celidônio Gomes dos Reis, Joaquim de Almeida e Aurélio Niero. 

Em agosto de 1952, os vereadores residentes em Louveira e outras pessoas organizaram uma reunião preparatória para reivindicar a elevação do Bairro à Distrito, precisamente no dia 24, às nove horas, no Cine Louveirense, de propriedade do senhor Aurélio Niero, para organização e instalação da Comissão Executiva.

Entre outros, estiveram presentes os senhores: Dr. Abrahão Aun, Odilon Leite Ferraz, Augusto Pasti, Dr. Arnaldo Lemos, José Finamore, Francisco Bossi, Gilberto Ajjar, Guerino Mário Pescarini, Belmiro Niero, Ângelo Pescarini, José Baggio, Pasqual Paris, Ângelo Hermínio Niero, Pedro Omizzolo, Aziz Melin, Antonio Bernardes, João Elíseo de Souza Leal, Reducino Martins Cruz, Maria Ignês Niero, Mário Raphael Chamani, Anchila Martins Cruz, Antonia Martins Cruz  e outros. 

Em 1º de janeiro de 1955, por Lei apresentada à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, pelo então Deputado Estadual Dr. José Romeiro Pereira, Louveira foi elevada à categoria de Distrito. 
O Distrito de Louveira foi criado pela Lei Quinquenal e ato realizado às 09:00 horas, no salão do Cine Progresso em Louveira. Este ato foi presidido pelo M.M. Juiz de Direeito da Comarca, Dr. Valentim Alves da Silva e com o Dr. José Romeiro Pereira, autor da Lei, na época Secretário da Educação. Nessa época, ainda era Sub-Prefeito de Louveira o senhor Ricardo Steck. 
Em 15 de fevereiro de 1963 houve Assembleia Pró-Emancipação de Louveira, presidida pelo pároco local, Padre Domingos Herculano Casarim e pelo Sr. Odilon Leite Ferraz, com a presença dos vereadores  residentes em Louveira. 

No dia 1º de dezembro de 1963, o povo em plebiscito se manifestou pela elevação de Louveira à Município por 1015 votos favoráveis e apenas 32 votos contrários. 
Em 07 de março de 1965 realizaram-se as eleições municipais  e os seus primeiros representantes eleitos foram os senhores Odilon Leite Ferraz para Prefeito e Belmiro Niero para Vice-Prefeito. 
Através do Lei nº 8092, de 28 de fevereiro de 1964, (https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1964/lei-8092-28.02.1964.html), Louveira emancipa-se de Vinhedo. 
Em 21 de março de 1965, às 10h00, houve uma missa em ação de graças pela diplomação e posse dos senhores Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores. 

Às 14:00 horas, na Câmara Municipal de Louveira, instalada em prédio de propriedade do senhor Arlindo Acerbi, na Vila Bossi, foi realizada a sessão solene, presidida pelo M.M. Juiz Eleitoral da 65ª zona de Jundiaí, Dr. José Duílio Nogueira de Sá.